Arsenal perdeu van Persie e Song, mas mantém o nível

Olivier Giroud corre atrás da bola

A primeira metade da temporada 2012-2013 se encerra daqui a um mês. Treze rodadas da Premier League foram realizadas. De certa forma, chama a atenção o modo como o Arsenal se comporta desde as saídas de van Persie e Song, que deixaram o clube há aproximadamente 3 meses e meio. Os dois melhores jogadores dos Gunners na temporada passada deixaram Londres, contudo o nível da equipe não caiu. O atual 6ª lugar no Campeonato Inglês comprova isto.

Se na janela de transferências de julho o Arsenal perdeu Song e van Persie, Santi Cazorla, Podolski e Giroud chegaram. Cazorla virou referência no meio-campo londrino. Com ele e Arteta, os Gunners apresentam qualidade no toque de bola. Giroud e Podolski debutam na Premier League. O francês, que foi um dos artilheiros da última Ligue 1 pelo Montpellier, demorou um tempo para começar a balançar as redes, porém já marcou 7 gols. O canhoto naturalizado alemão, que joga aberto pelo lado esquerdo, também anotou 7 tentos. Com o passar do tempo, a tendência é que o rendimento de ambos melhore. Sem van Persie, o Arsenal, talvez, não tenha um jogador decisivo, aquele que faz jogadas individuais e decide jogos árduos, mas o time é bom. Além disto, Walcott atravessa ótima fase e é artilheiro da equipe na temporada, com 9 gols.

Fazendo um comparativo dos elencos dos times de Manchester com o de Arsène Wenger, não dá para imaginar o time do norte de Londres brigando pelo título, mas as chances de vaga na próxima Champions League são reais. A última temporada na qual o Arsenal ficou fora do grupo dos 4 primeiros foi 1995-96, quando os Gunners terminaram em quinto lugar, atrás de Manchester United, Newcastle, Liverpool e Aston Villa. Na Champions League, a campanha é estável. O time se classificou com uma rodada de antecedência para as oitavas-de-final.

Outra característica mantida em relação a 2011-12 é a irregularidade em alguns momentos. O mesmo Arsenal que vence Tottenham e Liverpool empata com Aston Villa e Sunderland. A equipe cresce em dados clássicos e dificulta a vida de adversários, porém se complica em jogos nos quais consegue sair na frente e/ou tem favoritismo. Nos confrontos diretos, há um equilíbrio. O time não engrena, mas também não fica vários jogos sem vencer. O Arsenal deve brigar pelo 4ª lugar com West Bromwich, Everton e Tottenham, que deve crescer ao longo do campeonato.

Quarta, os Gunners vão a Merseyside enfrentar o Everton, do ótimo Marouane Fellaini. Apenas um ponto separa as equipes (21 x 20), que são vizinhas na tabela (Everton é 5ª, Arsenal 6ª). Os jogadores encaram este jogo como uma decisão. Szczesny afirmou que é “jogo de 6 pontos”. No último encontro das equipes em Goodison Park, em março deste ano, vitória do Arsenal por 1-0. Segundo o site do clube, Walcott, que se recupera de lesão, provavelmente joga. André Santos e Diaby permanecem fora. Wilshere, poupado contra o Aston Villa, deve voltar.

Duas classificações que não convenceram

Alexandre Pato comemora o gol marcado, o 3ª do Milan sobre o Anderlecht 

Ontem, em Bruxelas, o Milan venceu o Anderlecht por 3-1. Com o resultado, o Rossonero assegurou o segundo lugar do Grupo C e garantiu vaga nas oitavas-de-final da Champions League com uma rodada de antecedência. Apesar de classificações tranquilas nesta e na temporada passada, o rubro-negro de Milão não apresentou bom futebol em alguns jogos contra adversários inferiores. Isto, certamente, faria a diferença em grupos mais disputados.

Em 2011-12, o Milan esteve no Grupo H, ao lado de Barcelona, BATE Borisov e Viktoria Plzen. Em 6 jogos, apenas uma grande atuação: na estreia, contra o Barcelona. Na sequência, o time fez o ‘dever de casa’ ao vencer Viktoria Plzen e BATE Borisov, ambos por 2-0; depois, vacilou diante destas mesmas equipes ao sair na frente e tomar empates. Além disto, perdeu para o Barcelona na 5ª rodada, no San Siro, por 3-2. O time fez 9 pontos em 6 jogos e superou apenas Lyon e CSKA dentre os 16 classificados para o mata-mata. Aproveitamento baixíssimo, perto do que se esperava em um grupo tão fraco. Cabe lembrar que o eliminado Manchester City fez 10.

Na atual temporada, o plantel é inferior, tendo em vista que Ibrahimovic e Thiago Silva foram vendidos ao PSG. Isto abriu espaço para Stephan El Shaarawy, grande destaque do Rossonero com 12 gols em 18 jogos entre Lega Calcio e Champions League. Novamente, o Milan caiu em um grupo relativamente fácil; mesmo assim, cambaleou diante do Anderlecht na estreia. Foi bem contra o Zenit em São Petersburgo, conseguiu apenas 1 ponto dos 6 disputados contra o Málaga e, em mais uma noite brilhante de El Shaarawy, ganhou do Anderlecht em Bruxelas. O time pode chegar a 11 pontos caso vença o Zenit e, consequentemente, melhorar o desempenho em relação a 2011-12, porém as atuações preocupam.

O placar de 3-1 não deixa evidente, mas os italianos foram dominados pelo Anderlecht no primeiro tempo. Os belgas tiveram uma grande chance para abrir o placar, mas Abbiati salvou. A atuação do Rossonero não foi brilhante, contudo a eficiência fez a diferença. Os números da Lega Calcio são mais honestos: o Milan é o 12ª colocado, com 15 pontos em 13 jogos. Nas 13 partidas iniciais do campeonato passado (período de 2ª a 14ª rodada, pois a 1ª foi adiada), a equipe conquistou quase o dobro de pontos (27). Uma queda considerável.

No próximo domingo, o Milan recebe a Juventus, às 17h45, pela 14ª rodada da Lega Calcio. O time de Massimiliano Allegri pode chegar à 8ª posição caso obtenha a vitória. Provavelmente, a equipe que venceu o Anderlecht será repetida. Quem sabe com um triunfo diante do líder em um clássico, o Rossonero comece uma arrancada em busca das primeiras posições no Campeonato Italiano.

O momento do Chelsea

Quagliarella comemora o primeiro gol da Juve

A crise, definitivamente, instaurou-se no Chelsea após a 5ª rodada da UEFA Champions League. Nesta terça, o time foi facilmente derrotado, em Turim, pela Juventus (3-0). O fracasso deixou os Blues em situação periclitante e a classificação para a próxima fase da Champions não depende apenas do próprio Chelsea, mas também de derrota da Juventus frente ao Shakhtar, em Donetsk. Na Premier League, o time perdeu no último sábado para o West Bromwich por 2-1.

A atuação do primeiro tempo da partida contra a Juventus não foi tão ruim. A equipe apresentou, no começo, dificuldade para trocar passes após o meio-campo, tomou pressão da Juve, mas saiu bem nos contra-ataques. Pelo menos duas boas oportunidades foram criadas, com destaque para a desperdiçada por Hazard, após boa jogada individual de Oscar. Buffon teve seus méritos, mas faltou competência ao belga, que não é homem-gol de ofício.

No segundo tempo, sim, indiscutivelmente, houve um massacre por parte dos italianos. Ivanovic e Ashley Cole, que seguraram as pontas em boa parte da etapa inicial, transformaram-se em avenidas. Para variar, Cech saiu de forma bisonha da meta no tento de Giovinco, o 3ª da Juventus. A defesa não se entende dentro nem fora de campo – basta lembrarmos o episódio de sábado, após a derrota para o WBA, quando o goleiro tcheco e David Luiz discutiram. Houve momentos da partida em que os Blues, simplesmente, se livraram da bola. Já seria bastante se o time, ao menos, diminuísse o marcador quando o mesmo apontava 2-0 para a Juventus.

Muito se fala no Reino Unido em insatisfação de Abramovich com o trabalho de Roberto Di Matteo e retorno de Mourinho ao comando técnico do Chelsea, mas será que o problema é este? Di Matteo, na minha visão, acertou ao deixar Torres no banco e colocar Hazard como um ‘falso nove’. O espanhol anotou 7 gols – artilheiro, ao lado de Mata - em 19 jogos na temporada, contudo não tem marcado e passa em branco na maioria das partidas importantes. Ficou evidente que o problema do Chelsea diante da Juve foi a falta de competência. Drogba, Lukaku e Kalou (este último nem é homem de área) saíram, porém não houve a devida reposição. Não há treinador que faça milagre.

Na Premier League, já são 4 jogos sem vitória. O último triunfo foi na 8ª rodada, diante do Tottenham no White Hart Lane (4-2). De lá para cá, duas derrotas e dois empates. A recuperação pode vir domingo, quando a equipe londrina recebe o líder invicto Manchester City em Stamford Bridge, às 14h (Brasília). Uma vitória pode ajudar a ‘apagar o incêndio’ que se faz presente. Em caso de derrota, certamente a situação de Di Matteo ficará mais crítica.

Real Madrid 5-1 Athletic Bilbao – Desta vez, Cristiano Ronaldo foi apenas coadjuvante

Com um gol, participação em outros dois e vários lances, Benzema foi o grande destaque da vitória do Real sobre o Bilbao

Real Madrid e Athletic Bilbao se enfrentaram na noite de hoje, pela 12ª rodada do Campeonato Espanhol. O time de Mourinho buscava uma vitória para se aproximar dos rivais Barcelona e Atlético de Madrid, enquanto o Bilbao, desfalcado de De Marcos, Ander Herrera e Iñigo Pérez, planejava ao menos arrancar um empate. Resultado: vitória fácil do time merengue.

O jogo  

Nos primeiros 10 minutos, Real Madrid e Athletic Bilbao mostraram atenção, principalmente, na marcação no meio-campo. Contudo, a defesa do time basco não tardou a falhar. Aos 12’, Luka Modric nem precisou ultrapassar a linha que divide o campo para, com um baita lançamento, encontrar Karim Benzema. O francês se posicionou entre San José e Aurtenetxe e arriscou da entrada da área. A bola desviou em Aurtenetxe e o árbitro considerou gol contra do lateral-esquerdo do Bilbao. Era o começo do baile.

O Athletic sentiu muito a falta de Ander Herrera. Sem ele em campo, Muniain jogou praticamente sozinho. O time teve posse de bola, porém não conseguiu criar jogadas. Sem ser ameaçado, o Real Madrid jogou em um ritmo menos frenético do que o habitual. Aos 22’, Sergio Ramos cabeceou e Iraizoz fez grande defesa. Foi um aviso do que estaria por vir, pois 7 minutos depois, o zagueiro/lateral completou falta cobrada por Mesut Özil, de cabeça, e ampliou o marcador. Aos 31’, Callejón tabelou com Benzema; o francês girou, bateu com o pé esquerdo e anotou mais um. Ainda houve tempo para o gol de honra do Athletic. Aos 39’, em uma raras chegadas pelos lados do time de Marcelo Bielsa, Susaeta cruzou rasteiro da direita e Ibai Gómez completou para as redes.

O Bilbao voltou para o 2º tempo sem Muniain, que saiu machucado. Llorente entrou. O time basco foi à luta e talvez a história do jogo pudesse mudar se José Teixeira Vitienes assinalasse pênalti claríssimo em toque de braço intecional de Fábio Coentrão, aos 54’. Um minuto depois, Cristiano Ronaldo começou a jogada, Benzema recebeu dentro da área e serviu Özil, que livre de marcação fez o quarto. O Athletic seguiu, sem muito sucesso, tentando, porém o Real era mais incisivo. Aos 71’, Arbeloa fez boa jogada e serviu Khedira, que chutou da entrada da área. Iraizoz aceitou. Após este gol, o Bilbao jogou a toalha.

Próximos jogos

Com a vitória, o Real Madrid, 3ª colocado, chegou à 5ª vitória seguida na Liga e aos 26 pontos, dois atrás do Atlético de Madrid, que enfrenta o Granada, amanhã. A equipe de Mourinho duela, na próxima rodada, com o Real Betis, às 19h (Brasília) de sábado (24), em Sevilla. Com os 5 gols tomados, o Athletic Bilbao se tornou a pior defesa de La Liga (26 gols), ultrapassando Rayo Vallecano e Deportivo La Coruña (25) no quesito. O time estacionou nos 14 pontos e é 12ª colocado. A equipe basca volta a campo às 14h de domingo (25), contra o Deportivo La Coruña, em casa.

Prévia da 12ª rodada da Premier League

van Persie e Walcott foram personagens do último North London derby. Na ocasião, vitória do Arsenal por 5-2, em fevereiro.

Arsenal x Tottenham é o jogo que abre a 12ª rodada da Premier League, às 10h45 (Brasília) de amanhã.  O North London derby, que acontecerá no Emirates Stadium, pode ser chave para as duas equipes, as quais tentam embalar na competição. Ambos tropeçaram na rodada anterior e ainda não conseguiram uma boa sequência de vitórias. O Arsenal, 8ª colocado com 4 vitórias em 11 partidas, pode não contar com Giroud, Walcott, Arteta e Sagna, que são dúvidas. Em contrapartida, Szczesny foi prérrelacionado e pode voltar às quatro linhas, após 2 meses afastado por conta de lesão no tornozelo. Wilshere cumpriu suspensão e está disponível. Gervinho, Gibbs, Diaby e Rosicky são desfalques. O Tottenham, com um triunfo a mais e uma posição acima na tabela, irá a campo sem Moussa Dembélé, que se recupera de contusão no quadril. Lennon, recuperado de lesão no tendão, volta a ficar à disposição. Defoe e Walker, provavelmente, jogarão, porém Parker, Kaboul e Assou-Ekotto estão fora. Arrisco-me a dizer que haverá empate neste jogo. Não há favorito.

West Bromwich x Chelsea, no The Hawthorns, é o jogo que tem tudo para ser o melhor da rodada. Os Baggies, que fazem uma campanha até certo ponto surpreendente, buscam a 3ª vitória consecutiva para entrar na zona da Champions League. No gol, Myhill ganhará mais uma oportunidade, pois Ben Foster permanece contudido. Lukaku, que marcou 3 gols em 10 jogos na Premier League, está fora do duelo por questão contratual. McAuley e Mulumbu são dúvidas. Duas derrotas e um empate nas últimas três rodadas derrubaram o Chelsea da 1ª para a 3ª colocação. Ashley Cole pode retornar à lateral-esquerda após 2 jogos fora. Terry se machucou no clássico da semana passada contra o Liverpool e só volta em dezembro. Para fechar a lista de desfalques dos Blues, Lampard segue fora. A vitória é fundamental para os dois times. Pelo momento do Chelsea, prefiro não cravar favoritismo a ninguém.

Liverpool x Wigan, no Anfield. Reds (13ª) fazem 'confronto direto' com os Latics (14ª). Apenas 1 ponto separa os times (12 x 11). A equipe de Brendan Rodgers está completa. Pepe Reina, recuperado de contusão, pode voltar ao time titular após 4 jogos fora. Skrtel e Shelvey, que não jogaram contra o Chelsea, também foram relacionados. Quanto ao Wigan, Roberto Martínez não contará com Crusat (joelho) e Alcaraz (virilha), machucados. Ryo Miyaichi retorna após 5 jogos fora, por conta de lesão. McArthur é dúvida. Liverpool é favorito, mas o Wigan é muito imprevisível.

No Ettihad Stadium, Manchester City e Aston Villa duelam. Ótima chance para os Sky Blues, invictos, conquistarem uma vitória convincente, algo que não tem sido muito freqüente na atual temporada. O Aston Villa talvez seja o adversário indicado para isto, já que beira a zona de rebaixamento. Clichy não atuou pela seleção francesa no meio de semana, mas não deve ficar de fora. Milner, Nasri e Lescott, que não enfrentaram o Tottenham, retornam. No Villa, Paul Lambert contará com as voltas de Lichaj, que cumpriu suspensão, e Baker, recuperado de lesão. Contudo, a lista de desfalques é extensa: Darren Bent, Herd, Dunne, N’Zogbia e Bennett. City é favorito, porém não custa lembrar que o Aston Villa, nesta temporada, bateu os Citizens em Manchester pela Capital One Cup (4-2).

Por fim, Norwich x Manchester United, no Carrow Road. É o jogo que envolve o líder e o 15ª colocado. Diferentemente de 2011/12, o começo da atual temporada não foi bom para o Norwich, contudo o time venceu 2 dos últimos 4 jogos. Já é uma evolução. As únicas ausências nos Canaries são Russell Martin e Harry Kane, ambos machucados. O artilheiro Holt (3 gols) vai para o jogo. Nos Red Devils, Rooney e Evans são dúvidas. Robin van Persie, artilheiro da Premier League ao lado de Suárez (8 gols), ficou de fora do amistoso da Holanda no meio de semana contra a Alemanha, mas deve atuar. Time de Ferguson tem boas chances de conquistar a 7ª vitória seguida e seguir na liderança. É favorito.

Sábado

10h45: Arsenal x Tottenham – ESPN Brasil

13h: West Bromwich x Chelsea – Fox Sports

13h: Liverpool x Wigan – ESPN

13h: Manchester City x Aston Villa – ESPN Brasil

13h: Reading x Everton

13h: Newcastle x Swansea

13h: Queens Park Rangers x Southampton

15h30: Norwich x Manchester United

Domingo

14h: Fulham x Sunderland

Segunda

18h: West Ham x Stoke – ESPN e ESPN+